19. Ungulados


Maria Elaine De Oliveira, Luiz Flamarion Barbosa De Oliveira, Igor Pfeifer Coelho, Jeffsiane Keyla Pereira De Farias
Barreiros utilizados por ungulados no nordeste do Pantanal do Mato Grosso, Brasil: caracterização e composição química


Enrique Michaud, Marco A. Enciso, Annelisse Rodríguez, Wilfredo Huanca
Estudio de los valores fisiológicos durante la esquila en vicuñas en semicautiverio en Perú


Graciela Eugenia González Pérez, Mireya García Castro,  Antonio Santos Moreno
Monitoreo del venado y evaluación de su hábitat en un área indígena, Sierra Madre de Oaxaca, México


Igor Pfeifer Coelho, Luiz Flamarion Barbosa De Oliveira
Ungulados e barreiros no nordeste do Pantanal do Mato Grosso, Brasil: uso e relações com a estrutura da paisagem circundante


Diego Fernando Builes Puertas
Utilización del hábitat por ungulados en un área forestal,Tarapacá, Amazonas, Colombia


Aniela Moretti Manço, Luiz Flamarion Barbosa De Oliveira, José Luis Passos Cordeiro
Veados-campeiros (Ozotoceros bezoarticus, Linnaeus, 1758) em um mosaico de hábitats no nordeste do Pantanal, Mato Grosso, Brasil: abundância e padrões de uso

 

 

 

 

 


Maria Elaine De Oliveira, Luiz Flamarion Barbosa De Oliveira, Igor Pfeifer Coelho, Jeffsiane Keyla Pereira De Farias
Barreiros utilizados por ungulados no nordeste do Pantanal do Mato Grosso, Brasil: caracterização e composição química

Resumo:
Barreiros ocorrem naturalmente na paisagem e constituem locais onde animais regularmente consomem solo que os supre com minerais. Tem sido consenso geral que esses estão associados à presença de cloreto de sódio. Entretanto, as propriedades do solo e as relações com outros elementos, pela sua concentração, influenciam suas características. A maioria dos estudos sobregeofagia em mamíferos enfoca América do Norte e África; estudos menos intensivos têm sido realizados na América do Sul. O presente trabalho compara as características químicas de barreiros no pantanal matogrossense, Brasil, fornecendo informações sobre o horizonte consumido por ungulados (antas e caititus). As atividades foram desenvolvidas na Reserva Particular do Patrimônio Natural SESC-Pantanal (1076 km2), Município de Barão de Melgaço, nordeste do Pantanal do Mato Grosso, em agosto de 2004. A maior parte da reserva apresenta características de savana. No entanto, há extensas florestas com predomínio de palmeiras acuri (Scheelea phalerata). Foi amostrado o solo de 10 barreiros (Catraca, Clementino, Farofa, Figueira, Índios, Morcego, Murundu, Novateiro, Salgado e São Luiz), cobrindo diferentes horizontes a cada 20cm, até 1m de profundidade, perfazendo um total de 74 amostras. Duas amostragens foram realizadas unicamente no horizonte consumido que apresentava sinais de escavação recente. As análises de Ca, Cl, Cu, Fe, K, Mg, Mn, Na, S, SO4 e Zn foram realizadas no Laboratório do Centro de Ecologia da UFRGS. As razões para o desenvolvimento dos barreiros na região não estão evidentes. Provavelmente estejam relacionadas à exposição de minerais promovida pela queda de palmeiras e outras árvores que tornam expostas suas raízes e dão acesso aos ungulados aos horizontes utilizados. Sódio constituiu um elemento presente em baixas concentrações em 60% das amostras. Com exceção do barreiro Catraca, todos demais apresentaram baixa concentração de sulfato. No horizonte consumido no barreiro Clementino, a alta concentração de enxofre (8090ppm), e, no barreiro Morcego, de ferro e magnésio (31700 e 524ppm, respectivamente), sobressaiam dos demais elementos. Devido à diversidade de concentrações e de diferentes elementos nos barreiros dessa região do Pantanal, geofagia não pode estar relacionada unicamente à deficiência mineral.




Enrique Michaud, Marco A. Enciso, Annelisse Rodríguez, Wilfredo Huanca
Estudio de los valores fisiológicos durante la esquila en vicuñas en semicautiverio en Perú

Resumen:
En el Perú, el “chaccu” de vicuñas (Vicugna vicugna mensalis) es un método ancestral que incluye la captura de los animales y la esquila de la fibra. La técnica de esquila utilizada es similar a la usada en animales domésticos, por lo tanto, al ser ésta una especie silvestre, no se toma en cuenta el impacto negativo sobre la fisiología y el bienestar de los animales. Diversos estudios sugieren que en estas condiciones los valores fisiológicos, indicadores indirectos de estrés, son elevados o alterados. Además la literatura reporta que en la vicuña el sentido de la vista es sumamente agudo y le permite integrarse con su medio ambiente y enfrentar las amenazas que se presentan, por lo que vendría a ser el principal receptor de los estímulos externos. En tal sentido, se evaluó el efecto del uso de una venda sobre los ojos con respecto al método de esquila tradicional. Fueron utilizadas las siguientes constantes fisiológicas: frecuencia respiratoria (FR), frecuencia cardiaca (FC) y temperatura (T). El estudio fue realizado en la temporada de esquila, en seis localidades circundantes a la Reserva Nacional Pampa Galeras, Perú. Fueron monitoreados dos grupos, de 36 vicuñas adultas cada uno, aparentemente normales y elegidas al azar: G1: sin venda y G2: con venda. En ambos grupos las constantes fisiológicas fueron medidas antes y después de la esquila. Los valores de FR y FC encontrados en el grupo G1 fueron más elevados que en el grupo G2, mientras que los valores de T se mostraron similares en ambos grupos. Los resultados demostraron una diferencia estadística significativa (p<0.05) en la FR y FC entre ambos grupos, antes y después de la esquila, lo cual nos indicaría que el uso de la venda sobre los ojos contribuiría al bienestar de los animales e influiría disminuyendo el estrés durante la esquila.




Graciela Eugenia González Pérez, Mireya García Castro,  Antonio Santos Moreno
Monitoreo del venado y evaluación de su hábitat en un área indígena, Sierra Madre de Oaxaca, México

Resumen:
La investigación biológica y del hábitat del venado (Odocoileus virginianus) es fundamental para diseñar estrategias de manejo. En México es uno de los mamíferos con mayor distribución. Su adaptación a diferentes ambientes, su tamaño, la presencia de astas y el sabor de su carne lo han ubicado en un lugar privilegiado dentro de la fauna de importancia cinegética. Los habitantes de Ixtepeji, en la Sierra de Oaxaca al sur del país, conciben la idea de re-ordenar el aprovechamiento de sus recursos. A casi seis años de haberse establecido la veda para el venado, es importante evaluar a su población y proponer estrategias para que ésta sea una alternativa de recuperación dinámica, no permanente. Se estimó la densidad en el año 2004 y 2006 y se evaluaron las condiciones del hábitat. La densidad se obtuvo mediante el conteo de excretas en parcelas de 9.29 m establecidas a lo largo de transectos de 400 m de longitud. La densidad en el primer año fue de 5 venados por km, en el segundo fue de 5.5, no existieron diferencias. Las características del hábitat se evaluaron en los mismos transectos, utilizando el método de cuadrantes centrados en punto, se determinó la cobertura, biomasa, riqueza específica y diversidad vegetal. Los resultados indican que el sotobosque, productividad, topografía y dosel arbóreo son de mayor importancia para explicar el uso de hábitat indicado por la presencia del venado; la asociación vegetal de encino-pino-oyamel fue la que presentó un mayor uso sobre las asociaciones encino-pino y pinoencino. Aparentemente el tiempo transcurrido desde el establecimiento de la veda no ha sido suficiente para la recuperación de la especie, será indispensable, además de continuar monitoreando a la población, analizar otros factores biológicos y sociales que están influyendo en el estado actual antes de decidir acerca de eliminar o mantener la veda.




Igor Pfeifer Coelho, Luiz Flamarion Barbosa De Oliveira
Ungulados e barreiros no nordeste do Pantanal do Mato Grosso, Brasil: uso e relações com a estrutura da paisagem circundante

Resumo:
A geofagia em barreiros é reconhecida para muitas espécies de ungulados em diversas regiões do mundo, sugerindo que esses locais sejam importantes componentes dos hábitats. A magnitude e horários preferenciais de uso de oito barreiros por ungulados foram avaliados através de armadilhas fotográficas, via índices de uso, durante as estações seca e cheia de 2005, na RPPN SESC-Pantanal, nordeste do Estado do Mato Grosso, Brasil. Durante 7375,2 horas de amostragem, foram registradas seis das oito espécies de ungulados que ocorrem na região: Tayassu pecari (índice de uso; IU=7,09), Tapirus terrestris (IU=4,46), Pecari tajacu (IU=0,33), Sus scrofa,(IU=0,32), Mazama americana (IU=0,22) e Mazama gouazoubira (IU=0,19). Os horários preferenciais de uso dos barreiros são semelhantes aos padrões de atividade descritos para as espécies em regiões próximas: T. terrestris apresentou um maior uso noturno dos barreiros (P=0,0001), S. scrofa diurno (P=0,004), M. americana crepuscular/noturno (P=0,007), M. gouazoubira crepuscular/diurno (P=0,04), P. tajacu crepuscular (P=0,009) e T. pecari não apresentou diferença entre os períodos (P=0,10). A magnitude de uso pelas espécies variou entre os barreiros avaliados e entre os períodos seco e úmido. Considerando todas as espécies, em barreiros grandes e na estação seca, foram observados maiores índices de uso. Diversos fatores, relativos aos barreiros e/ou aos organismos envolvidos, podem estar associados a essas variações. Fatores como tamanho dos barreiros, composição química e estrutural do solo, composição e arranjo da paisagem de entorno e relações intra e interespecíficas, que podem estar atuando isoladamente ou em sinergismo, são discutidos neste trabalho. Os barreiros no nordeste do Pantanal podem ser reconhecidos como importantes unidades de hábitat para estas espécies de ungulados e devem ser considerados nos planos estratégicos de conservação da fauna regional.




Diego Fernando Builes Puertas
Utilización del hábitat por ungulados en un área forestal,Tarapacá, Amazonas, Colombia

Resumen:
Este proyecto de investigación tuvo por objeto determinar el patrón de utilización que los ungulados Tapirus terrestris, Tayassu tajacu, Tayassu pecari, Mazama americana, Mazama gouazoubira, hacen de tres unidades biofísicas correspondientes a hábitats de altura, transición y ribera respectivamente, durante dos épocas hidrológicas contrastantes: aguas altas y aguas bajas en el 2005, en la micro-cuenca del río Porvenir, afluente del río Putumayo, corregimiento de Tarapacá, Amazonas (Colombia). Realizamos mediciones de variables estructurales y productivas para caracterizar las tres unidades biofísicas existentes en el área de estudio, calculamos los porcentajes del área total disponibles para cada unidad y utilizamos la metodología de transectos lineales para determinar la frecuencia de utilización de cada unidad por cada ungulado. Realizamos una prueba X2 para las frecuencias en cada época hidrológica y construimos intervalos de confianza de Bonferroni, cuando encontramos diferencias significativas en los registros de especies por unidad por época. Realizamos una prueba t de Student entre los registros de las dos épocas y no encontramos diferencias significativas por tanto realizamos otra prueba X2 para las frecuencias totales de las dos épocas y construimos intervalos de confianza de Bonferroni, cuando encontramos diferencias significativas. T. terrestris mostró diferencias significativas en los registros por época y T. terrestris y M. americana. mostraron diferencias significativas en los registros totales, las demás especies no mostraron diferencias. T. terrestris y M. americana presentan patrones contrastantes de utilización de las tres unidades, es decir, T. terrestris selecciona la unidad de hábitat de ribera y evita la unidad de hábitats de altura, mientras que M. americana evita la unidad de ribera y usa la unidad de altura de acuerdo a su disponibilidad. La unidad de hábitats de transición es usada de acuerdo a su disponibilidad por las dos especies.




Aniela Moretti Manço, Luiz Flamarion Barbosa De Oliveira, José Luis Passos Cordeiro
Veados-campeiros (Ozotoceros bezoarticus, Linnaeus, 1758) em um mosaico de hábitats no nordeste do Pantanal, Mato Grosso, Brasil: abundância e padrões de uso

Resumo:
Veados-campeiros (Ozotoceros bezoarticus) ocupavam uma variedade de hábitats abertos em regiões com elevações do continente sul-americano. Na atualidade a espécie apresenta um decréscimo acentuado em suas populações, chegando à extinção na maior parte de sua área de distribuição. No entanto, estranhamente, a espécie não consta na mais recente “Lista Nacional das Espécies da Fauna Brasileira Ameaçadas de Extinção“, sendo que a maior população provavelmente encontra-se no Pantanal. A distribuição da espécie, quando vista em escala local, apresenta-se bastante influenciada por particularidades dos hábitats, sendo que mesmo domínios abertos são usados de maneira bastante diferenciada considerando tanto zonações naturais quanto estágios de sucessão vegetal. O presente trabalho discute as relações da espécie (via índices de uso que consideram a oferta de mosaicos abertos) com as classes de hábitats da RPPN-SESC Pantanal, nordeste do Pantanal do Mato Grosso, e o tamanho da população. Esta parece estar isolada, mesmo considerando formações abertas com ausência de pressão de pastejo pelo gado, e é bastante pequena (entre 27 e 31 indivíduos), embora a ocorrência de hábitats potenciais seja expressiva e uma população maior fosse esperada. Aparentemente há uma hierarquia de uso dos hábitats, sendo que as zonas herbáceas bastante baixas, incluindo pastagens com gramíneas exóticas, são selecionadas com maior intensidade. São discutidos aspectos relacionados com a hierarquia de uso dos hábitats e fatores limitantes que podem causar o isolamento das populações, particularmente considerando zonas do Pantanal onde o pastejo pelo gado seja eliminado como em áreas de conservação.